Um voo que diverge e dá origem a uma bonita amizade


Com 9 anos, a menina viajava sozinha entre Lisboa e Ponta Delgada, quando o mau tempo fez divergir o seu voo para Santa Maria.

A menina vê todos os passageiros partirem para os hotéis onde foram acomodados durante a noite para, na manhã seguinte, apanharem um voo para Ponta Delgada.

Ao seu lado, mantém-se um senhor que não conhece, o chefe de escala de Santa Maria, Jorge Câmara que, por sua vez, se esforça por fazer um sorriso que emane confiança, na esperança de que a menina não se sinta tão deslocada e sozinha, num sitio que lhe é estranho. Ao mesmo tempo, vai pensando no que fazer.

Era preciso encontrar uma solução que não só providenciasse os melhores cuidados à menina, enquanto não chegasse ao seu destino, mas também algum aconchego. Nunca é fácil para uma criança estar num local que não conhece, sem nenhuma cara conhecida por perto.

Assim, o Jorge Câmara chegou àquela que lhe pareceu ser a melhor solução: ia levar a menina para sua casa, para ser acompanhada e cuidada pela sua família até ter um voo para o seu destino. As suas duas filhas, com idades semelhantes à menina, seriam certamente uma companhia acolhedora e alegre.

E, com permissão dos pais da criança, assim foi. Chegaram a casa pelas 21h00, o que deu espaço para um agradável jantar e alguns momentos de convívio e brincadeira entre as crianças.

A única questão que surgiu neste episódio deu-se de manhã, à hora de ir para o aeroporto para apanhar o voo para Ponta Delgada. A menina estava tão animada a brincar com as outras crianças, que não tinha qualquer vontade de sair dali.

E assim se criou uma bonita amizade entre as três meninas que se estendeu no tempo. O caso não é único. Muitas vezes, em situações semelhantes, são os funcionários do Grupo SATA que levam os menores acompanhados para casa, para que, além dos cuidados necessários, tenham também um suporte emocional que lhes permita terem a melhor experiência possível, mesmo quando existe um imprevisto como uma divergência de voo.

Esta atitude não é uma obrigação ou uma imposição laboral. É um ato de humanidade, hospitalidade e empatia que passa, inevitavelmente, para tudo o que se faz, dentro e fora do trabalho.

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