
Esclarecemos, com todo o gosto, mais duas dúvidas dos nossos passageiros.
A turbulência pode partir as asas de um avião?
Os aviões são sujeitos a teste de esforço impressionantes muito antes de serem entregues às companhias aéreas. São máquinas extremamente robustas, obras extraordinárias da engenharia em que a estrutura é infinitamente testada. Quando existem zonas de maior turbulência, estão assinaladas no radar, de acordo com a sua severidade, de forma a que os pilotos as possam evitar. De qualquer modo, após cada aterragem a aeronave é sujeita a inspeção por parte das equipas de manutenção que têm em atenção qualquer dano que possa ter sido causado durante o voo. E não, não há registo na SATA de asas partidas à chegada ao destino.
E quando o avião parece que está quase a aterrar e, de repente, parece que desiste da aterragem, volta a acelerar e ganha os céus, de novo. O que se passou no cockpit?
Quando o avião faz isso, chama-se, na gíria, um borrego, um estranho que nada tem a ver com o animal de quatro patas. Acontece quando o piloto aos comandos aproxima a pista, mas, a determinada altura (altura definida nos procedimentos de segurança) não encontra reunidas as condições de segurança necessárias para aterrar. Voltam a dar força aos motores por forma a ganhar altitude, desimpedindo a pista e zona de aterragem. Acontece, em regra, quando a visibilidade é fraca ou quando a direção do vento se altera abruptamente. Apesar de impressionante, um borrego não é perigoso. É uma manobra que visa reforçar a segurança da aterragem e não o contrário.