Os Açores, com a sua localização estratégica entre duas das principais zonas de tráfego aéreo – os continentes Americano e Europeu – são, muitas vezes, a opção mais viável em caso de emergência para as dezenas de voos que, todos os dias, atravessam o Atlântico.
E, dentro do arquipélago dos Açores, é o aeroporto das Lajes, na ilha Terceira que, por reunir boas condições de pista para aeronaves maiores e boas condições hospitalares, recebe mais pedidos de assistência de voos que divergem, quer por emergências médicas, quer por questões técnicas.
Estes serviços são assegurados pela SATA Handling, composta por profissionais experientes, dedicados e dinâmicos que executam com muito brio e empatia um trabalho que, muitas vezes, exige um grau especialmente intenso de resiliência e boa vontade.
Como funcionam as assistências de voos divergentes
Trata-se de um trabalho conjunto entre a SATA, a ACL – Aerogare Civil das Lajes – e a Força Aérea Portuguesa, sendo que a pista e as condições da pista pertencem à Força Aérea Portuguesa, cabendo à SATA Handling o serviço de assistência em terra a aeronaves, passageiros e carga.
Quando ocorrem emergências médicas, o avião aterra e a equipa da SATA, constituída inicialmente por um oficial de placa, dois operadores de rampa e um TTAE (Técnico de Tráfego de Assistência em Escala), encosta as escadas à aeronave, permitindo que a equipa médica da Força Aérea suba rapidamente ao avião para fazer a primeira assistência médica ao passageiro, o que pode levar entre 30 minutos a duas horas, dependendo da situação. Depois inicia-se o reabastecimento da aeronave. Entretanto, se for imprescindível desembarcar os passageiros do avião, será necessário ter mais funcionários da SATA para assistir passageiros.
Em caso de emergências técnicas, a situação é mais complexa porque poderá implicar prestar assistência a centenas de passageiros, que passam a estar ao cuidado da equipa de Handling SATA e manter o avião no aeroporto por semanas (uma vez que podem não existir nas Lajes mecânicos especializados para o equipamento em causa).
Em média, com a exceção de 2019 e 2020 devido à pandemia de Covid-19, o aeroporto das Lajes faz entre 25 a 30 assistências por ano, sendo as mais frequentes a aeronaves das companhias áreas KLM e Airfrance, com quem o Grupo SATA já tem um longo historial.



Um trabalho desafiante feito com muita dedicação
O trabalho do Handling em assistências a voos que divergem implica uma dose extra de empatia, capacidade de decisão e gestão eficaz num curto espaço de tempo, resiliência e capacidade para manter uma comunicação clara e assertiva com os passageiros.
“Quando nos deparamos com situações mais desafiantes fazemos aquilo que fazemos melhor: conscientes de que a solução perfeita não existe, pensamos numa solução que possa amenizar o mais possível, os efeitos negativos da situação.” explica Edson Areias, chefe de escala do aeroporto das Lajes.
Este é um trabalho muito importante, que, literalmente, salva a vida de muitas pessoas, mas que exige um grau de resiliência ímpar.
Se o handling da SATA já teve de lidar com muitos desafios, também é verdade que o seu excelente desempenho não passa despercebido pelas várias companhias aéreas que, ao longo dos anos têm sido assistidas pelo Handling do Aerporto das Lajes.







