Já se questionou sobre o que acontece durante as reuniões entre tripulações de cockpit e de cabine, antes de um voo? De que é que se fala e porque é que é tão importante fazer este “briefing”? Muitos de nós já estarão familiarizados com este processo mas, se não é o seu caso, continue por aqui e acompanhe, connosco, o briefing de uma tripulação de um voo da Azores Airlines com destino a Nova Iorque.

Tudo começa muito antes do voo
O briefing pré-voo é essencial para o sucesso da viagem, pois garante que toda a tripulação está em sintonia para assegurar os rigorosos parâmetros de segurança e qualidade do voo.
Mas, a preparação do briefing não se faz apenas uma hora antes do voo, nem apenas pela tripulação ao serviço. Algumas horas antes, as nossas operações reúnem informações essenciais para fornecer posteriormente à tripulação. Na verdade, a preparação de um voo começa vários dias antes da partida do avião e envolve o trabalho de dezenas de diferentes áreas do Grupo SATA.
Os voos transatlânticos, que se mantêm afastados de terra durante mais de três horas, como é o caso do voo para Nova Iorque selecionado para mote deste artigo, requerem um despacho especial.
O facto do voo ter como destino os Estados Unidos da América, implica, ainda, componentes adicionais de verificações de segurança que abrangem todos os acessos à aeronave, a verificação da própria aeronave, dos passageiros e até do catering.
Depois de minuciosamente preparadas, todas as informações sobre o voo são reunidas num documento que será, posteriormente, analisado durante o briefing.
O Briefing
O briefing ocorre uma hora antes da partida do voo, numa sala do aeroporto preparada especificamente para o efeito, depois da tripulação se apresentar no sistema informático.





Antes do início da reunião, não pudemos deixar de reparar no ambiente animado da sala. A cumplicidade evidente entre os tripulantes e o ambiente de camaradagem que envolve a equipa e que nos contagia de boa disposição irá, com certeza, refletir-se também na qualidade do serviço prestado a bordo e no estado de espírito dos passageiros.
Breves minutos depois, a chefe de cabine Sandra Cadete dá inicio ao briefing com a tripulação de cabine, onde se discutem os aspetos fundamentais da viagem como a hora estimada de partida e chegada, tipo de aeronave, especificidades da rota, número de passageiros, casos especiais como passageiros com mobilidade reduzida ou que necessitem de assistência especial e refeições especiais.

Nesta fase atribuem-se as posições e funções de cada membro da tripulação a bordo e a chefe de cabine coloca várias questões sobre procedimentos de segurança aos tripulantes, para se assegurar de que todos têm todos os conhecimentos indispensáveis atualizados.
Discute-se, também, o fluxo do serviço de modo a antecipar possíveis necessidades dos passageiros e formas de lhes oferecer um serviço melhor e diferenciado.
Durante o briefing notamos a importância que uma comunicação clara assume para que toda a tripulação tenha uma imagem inequívoca e pormenorizada da forma como se espera que ocorra o voo, por isso todos são encorajados a colocar qualquer questão que tenham em relação ao serviço ou ao voo.




Entretanto, antes de se juntarem à tripulação de cabine, o comandante Mário Batista e o seu co-piloto analisam todos os dados sobre o voo e tomam decisões fulcrais, como se é necessário mais combustível e se os aeroportos, em caso de emergência, são os adequados.
É decidida a melhor rota a adotar, tendo em consideração as condições meteorológicas e os objetivos de eficiência e sustentabilidade do voo. Se necessário fazem-se ajustes de última hora, de modo a garantir que o voo tem todas as condições para prosseguir.
Um pouco mais tarde, comandante e co-piloto juntam-se à tripulação de cabine composta pela chefe de cabine Sandra Cadete e pelos tripulantes Ana Furtado, Carlos Barbosa, Daniela Borges, Marina Pereira e Tiago Rego, inteirando-a sobre o que é expetável durante o voo em termos de meteorologia, duração, turbulência que possa ocorrer e todas as especificidades que possam existir. Define-se aqui qual poderá ser a melhor fase para o serviço de bordo.
Neste momento devem ser antecipados quaisquer eventos não planeados, como emergências, que possam ocorrer durante o voo e os planos de ação possíveis, como aeroportos para aterragem de emergência.
Os membros da tripulação são incentivados a relatar qualquer facto incomum que observem na cabine, durante o voo, que possa interferir com a segurança do mesmo. O objetivo maior é garantir um trabalho de equipa eficiente e capaz de assegurar um voo seguro e confortável.
A confiança entre todos e um ambiente positivo entre a equipa é fundamental para que um voo decorra da melhor forma possível. E aqui, o papel do comandante é notável. A interação entre o comandante Mário Batista e os restantes tripulantes é repleta de empatia, motivação e transmite muita confiança. E, assim, a equipa funciona bem e conseguirá lidar o melhor possível com qualquer situação que possa ocorrer durante o voo.
O final do processo
Terminado o briefing a tripulação dirige-se para o avião onde, ainda antes de dar as boas-vindas aos passageiros, procede a uma série de checks de segurança e de preparação da aeronave para a descolagem.

Asseguradas todas as condições essenciais para o voo, tem início mais uma viagem da Azores Airlines que se quer sempre pontuada pelos valores da nossa empresa: genuinidade, liderança e hospitalidade. Estes valores, que importa cultivar em terra e no ar, são muito visíveis a bordo, não fosse o tempo de uma viagem até Nova Iorque mais do que suficiente para observar e apreciar todos os gestos dos nossos tripulantes.
A julgar pelo excelente ambiente de camaradagem que testemunhámos entre todos os membros da tripulação, temos a certeza de que também este objetivo será concretizado com muito sucesso.