Este ano, o Natal será diferente dos outros. Menos aviões sobrevoarão o Arquipélago dos Açores e será menor o movimento nos aeroportos da região. Porém, em terra, há gestos que se mantêm e que, particularmente este ano, faremos por multiplicar.
O Natal, tradicionalmente, é vivido com grande intensidade nas empresas do Grupo SATA.
São os estudantes que regressam a casa; são as famílias que se reúnem num lado e no outro do Atlântico; é mais intenso o transporte de carga entre as ilhas e entre o Continente e o Arquipélago. Este ano, apesar da atividade operacional não cessar, será, por certo, menos intensa. Porém, em terra, há outras ações que tomam forma.
A logística foi definida. Juntaram-se as nove escalas do Grupo SATA, os escritórios e os aeródromos geridos pelo grupo, para levar à comunidade que se encontra mais próxima os tradicionais cabazes de Natal, contendo bens alimentares ou outros que possam fazer mais falta.
O Jorge de Santa Maria, a Lurdes da Horta, o César do Pico, a Lúcia de São Jorge, o Edson da Terceira, a Vanessa do Corvo, o José das Flores, o João da Graciosa e o Filipe de São Miguel são os “guardiões” dos nossos cabazes e os representantes do Grupo SATA que, gentilmente, se ofereceram para reunir todos os donativos e zelar pela sua entrega aos destinatários.
Cada trabalhador do Grupo SATA, dentro da medida das suas possibilidades, depositará no “cabaz da sua escala” uma oferenda que pode ser um género alimentar, jogos de sociedade ou material didático. Dependendo da ilha, os bens serão entregues a instituições de solidariedade social ou, nas escalas mais pequenas, a famílias que estejam a passar por períodos mais difíceis. Sabemos que este ano, mais do que em outros, mais pedidos chegaram às instituições. É, pois, tempo de ajudar um pouco mais do que é costume. Perante as adversidades e as carências pelas quais tantos passam, poderá parecer pouco. Mas o pouco que possa parecer, é sempre melhor do que cruzar braços e não fazer nada.
No final de contas, basta-nos que o resultado deste esforço coletivo venha a proporcionar uma época de Natal mais aconchegada e menos privada das coisas simples que a todos alegram. Então, terá valido a pena qualquer esforço extra que se possa ter feito.
Afinal, mais de setenta anos a servir o nosso Arquipélago traz, naturalmente, uma relação de proximidade com a comunidade que servimos. E, se os tempos que vivemos não permitem realizar as pontes aéreas constantes a que nos habituámos, não é por isso que nos colocaremos à margem do que se passa em nosso redor.