Sanguinho – O Refúgio Perfeito

Ir ao Sanguinho, além de ser um passeio magnífico por entre vegetação luxuriante e exótica, é visitar uma aldeia típica açoriana, parcialmente recuperada e hoje deserta.

O Sanguinho era o lugar para onde fugiam os habitantes do Faial da Terra, em tempos, quando a ribeira transbordava. Para lá chegar, atravessa-se o povoado até onde termina a estrada. A partir daí, anda-se cerca de 300 m, sempre junto à ribeira até uma bifurcação, onde estão assinaladas as opções do percurso. Pela esquerda, o Sanguinho dista um quilómetro, podendo o passeio estender-se por mais dois quilómetros até ao Salto do Prego.

O acesso é feito por um caminho empedrado, numa subida de 180 metros, de dificuldade média. Ao longo do trajeto obtêm-se excelentes panorâmicas sobre a freguesia do Faial da Terra, das encostas circundantes e do mar. Serpenteando pela colina acima, as perspetivas são deslumbrantes.

No Sanguinho tem-se a impressão de se ter chegado ao cenário abandonado de um filme antigo. A maioria das casas estão recuperadas e exteriormente bem cuidadas. Por aqui e por ali, veem-se algumas ruínas ainda por restaurar. Não se avista vivalma, apesar de as hortas apresentarem um aspeto cuidado e várias culturas semeadas. A reserva para alugar uma destas casas é possível através do sítio http://www.sanguinho.pt. O local é, aparentemente, o refúgio perfeito.

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O Sanguinho deve o seu nome à planta endémica dos Açores com o mesmo nome, mas aqui também se encontram outras espécies nativas como a urze, a hera, o azevinho, o vinhático, o pau branco, a uva da serra e a vidália.

Continuando pelo caminho de pé posto, ora a subir, ora a descer, atravessa-se uma densa mata de incenso e acácia e chega-se a uma pitoresca ponte de madeira. O som da água corrente vai aumentando de intensidade, até que se vislumbra, por entre a vegetação, uma bela cascata. É o Salto do Prego. Aqui, no verão, depois do passeio, ninguém dispensa um banho refrescante. O regresso à freguesia faz-se sempre junto à ribeira.

Texto: Ana Correia

Fotos: Eduardo Costa

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