O nosso destino: Londres

Uma cidade com mais de dois mil anos de existência, uma capital de várias culturas e repleta de marcos históricos. Não basta uma vida para conhecer verdadeiramente Londres, mas há locais que se devem visitar pelo menos uma vez na vida. Aqui ficam algumas sugestões para aproveitar ao máximo a sua estadia na capital de Inglaterra.

Tower Bridge

Eis Londres, a velha “Londínio” do tempo do Império Romano. A capital de Inglaterra é indissociável do seu rio Tamisa e, diz-se, na origem do nome está precisamente a frase “seguindo o rio”. Calcula-se que, já no ano 140 D.C., haveria cerca de 60 mil pessoas a viver em Londínio e, perto do ano 200 D.C., os romanos construíram uma muralha de três quilómetros que limitou a velha cidade durante 1.600 anos.

Onde está Convent Garden, a um quilómetro de distância, houve em tempos uma outra cidade chamada Ludenwic e, hoje, Londres será o resultado da expansão desta última com a velha cidade romana, onde está agora a zona de Aldwych – que soa precisamente a “old city”. Será depois da Batalha de Hastings, a 14 de outubro de 1066, quando os normandos derrotam os chamados anglo-saxões – uma mistura entre tribos germânicas e grupos indígenas como os bretões – que começa a dinastia real inglesa, com Guilherme I como o primeiro rei a ser coroado na abadia de Westminster, a 25 de dezembro de 1066.

A Londres de hoje é uma cidade cosmopolita, que atrai gentes de todas as raças e credos, mas também mantém nas pedras essa sua história tão antiga. A Abadia de Westwinster – atenção, não a confundir com a Catedral de Westminster – cujo início de construção data de 960 (sendo reconstruída em 1517), foi sempre o local da coroação dos reis de Inglaterra, pelo que funciona como essa vigia permanente de estabilidade. Ali podemos encontrar os túmulos dos principais monarcas ingleses, mas também merece uma visita para contemplar as últimas moradas de ilustres figuras da história que fizeram esta Nação e moldaram o mundo moderno, como os cientistas Isaac Newton e Charles Darwin. É igualmente um local para casamentos reais. Ali casou, ainda como princesa, a rainha Isabel II, em 1947. Em 1960, casou a princesa Margarida com Antony Armstrong-Jones e, em 1973, a única filha de Isabel II, a princesa Ana, uniu-se com o capitão Mark Phillips. O príncipe Carlos, contudo, optou pela Catedral de St. Paul para o seu casamento hiper-mediático com Diana, em 1981. No fundo, Carlos escolheu o local onde, ainda no séc. VII foi erguida a primeira igreja de Inglaterra (ainda em madeira), antes de, em 1677, ter tido início a construção da atual estrutura. Já o seu irmão André, optou pela tradicional Abadia de Westminster para o enlace com Sarah Fergunson, em 1986. E, em 2011, foi a vez do filho de Carlos e Diana , o príncipe Guilherme, casar-se em Westminster com Kate Middleton, tornando-se assim nos Duques de Cambridge.

Entre essas pedras que fazem de Londres umas das cidades mais eternas do mundo, há depois a Torre de Londres, o castelo onde viveram os reis de Inglaterra até que, pouco a pouco, foi deixando de servir para esse propósito para, entre os séculos XVI e XVII, a sua principal função passar a ser mesmo a de uma prisão. Hoje é apenas um dos locais mais visitados da cidade, com perto de três milhões de visitas anuais. Mas isso nem sequer é um número elevado, pois a Torre de Londres surge até bem atrás de locais como a National Gallery, o Museu Britânico e ainda o Museu de História Natural, todos estes com uma média de 5 milhões de visitantes anuais. Tenha em consideração que, todos os anos, Londres é visitada por cerca de 20 milhões de turistas. Isso é, em termos exagerados, claro, como se toda a população de Portugal decidisse ir duas vezes por ano a Londres.

Tower Bridge and red bus

A cidade é servida por uma vasta rede de metropolitano, o mais antigo do mundo, tendo sido inaugurado em janeiro de 1863, durante a chamada “Era Vitoriana”. Algo que para muita gente poderá parecer exagerado é o cuidado que os londrinos atribuem ao perigo de incêndio. Mas isso percebe-se quando se lembra que grande parte de Londres foi destruída devido a um incêndio que é conhecido precisamente como “O Grande Incêndio de Londres”, no ano de 1666, entre os dias 2 a 5 de setembro. Mais de 13 mil casas e oito centenas de igrejas – incluindo a Catedral de St. Paul – foram destruídas pela tragédia do fogo. Um fogo que começou numa simples padaria em Pudding Lane e que depressa se espalhou por uma cidade medieval.

Londres ainda é o local para célebres eventos desportivos, como o torneio de Wimbledon, existente desde 1877, sendo também o mais antigo do mundo, tendo a edição de 2019 realizado de 1 a 14 de julho. Sem esquecer ainda outras salas de “espetáculos” de Londres que são os seus campos de futebol. Afinal, a pátria do futebol – onde Portugal, em 1966, alcançou o terceiro lugar no Campeonato do Mundo na sua primeira participação numa fase final da competição e que apenas perdeu frente à equipa da casa (de forma discutível) – tem na capital clubes como o Arsenal, Chelsea, Tottenham e West Ham, isto para citar os nomes mais badalados a nível internacional.

Londres precisava mais do que uma simples visita ou até mesmo do que uma vida inteira até que se esgotassem todas as possibilidades de espetáculos, visitas culturais, gastronómicas e históricas. Contudo, um guia básico do que deve fazer e ver não estaria assim completo sem a menção à visita à Ponte de Londres, à vista que se tem a partir do “London Eye” ou ainda às Torres do Parlamento ou às luzes de Picadilly e às compras em Oxford Street.

Aproveite Londres pelo menos uma vez na vida para aqui regressar mais vezes.

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