Passageiro Frequente – Cristóvam

A VOZ DOS AÇORES QUE NOS DIZ QUE TUDO VAI FICAR BEM.

INFORMAÇÃO

Nome: Cristóvam

Profissão: Cantautor

Naturalidade e residência: Ilha Terceira

Primeiro disco a solo: “Hopes & Dreams” (2018)

Prémios: “Vodafone Ones to Watch”, “Angra Rock”, “LabJovem” e “International Songwriting Competition”

Trabalho mais recente: Single “Setting Sun” (2020)

NA LUTA CONTRA A PANDEMIA DA COVID-19, HÁ UM NOME DOS AÇORES QUE SE DESTACA: O DO CANTAUTOR CRISTÓVAM. ESTE ARTISTA PORTUGUÊS ALCANÇOU O RECONHECIMENTO INTERNACIONAL ATRAVÉS DA CANÇÃO “ANDRÀ TUTTO BENE”, QUE SE TRANSFORMOU NUM “HINO” DE RESISTÊNCIA CONTRA OS EFEITOS QUE O VÍRUS CAUSOU NA VIDA DE TODO UM PLANETA.

Há muito que a música é a sua grande paixão. Diz-se influenciado pelo estilo indie-folk e podemos ouvi-lo a cantar habitualmente em inglês. Foi vocalista e compositor da banda October Flight e vencedor dos concursos “Vodafone Ones to Watch”, “Angra Rock” e “LabJovem”. Conta ainda no seu historial o facto de ter sido o primeiro português a vencer a “International Songwriting Competition”. O seu primeiro disco, “Hopes & Dreams”, foi lançado em 2018 e, agora, viu o mais recente trabalho ser tornado público a 9 de outubro. Chama-se “Setting Sun” e trata-se do primeiro single retirado do segundo álbum de originais de Cristóvam, com edição agendada para o próximo ano. Foi gravado entre os Estúdios Namouche, em Lisboa, e o estúdio do próprio artista, na Ilha Terceira, nos Açores, em pleno Oceano Atlântico. Sobre este novo registo, conta Cristóvam: “Comecei a compô-lo em 2018, quando estava de férias na Sardenha com a minha namorada, e não lhe dei grande seguimento, até que, este ano, devido ao trágico acontecimento que transformou o mundo num lugar deveras estranho, aqueles rascunhos que já tinha escrito ganharam novo significado e relevância. Tive a sorte de encontrar um refúgio perfeito no meu recanto e bem longe de tudo, no meio do Atlântico, concluí esta e outras canções que farão parte deste disco. A letra de ‘Setting Sun’ fala de duas pessoas que estão de tal modo interligadas que, sem dar conta, atravessam a maior das tormentas como se só para elas o mundo fosse um lugar tranquilo e sereno”. Assim, de uma ilha italiana para outra ilha, esta portuguesa, chegam-nos estas ondas sonoras, onde temos ainda um videoclip realizado por Pedro Varela (o mesmo de “Andrà Tutto Bene”), que percorre as nove ilhas dos Açores. O filme é protagonizado pela actriz Joana de Verona e produzido pela Blanche Filmes. Sobre este trabalho em particular, afirma Cristóvam: “Sempre tive o sonho de ter um videoclip que mostrasse ao mundo o sítio onde tive o privilégio de nascer e crescer, os Açores. Quando começámos a pensar num vídeo para esta canção, achei que esta seria a altura certa para isso e, naturalmente, pensei logo no Pedro Varela para o realizar. Foi ele quem fez o filme de “Andrà Tutto Bene”, e é também ele o realizador que assina os filmes internacionais do “Visit Portugal” que têm mostrado ao mundo o melhor que o  nosso país tem para oferecer. O Varela escolheu a Joana de Verona para ser a protagonista desta história e, com o apoio da Direção Regional de Turismo, conseguimos percorrer o arquipélago e fazer um filme memorável que nos orgulha a todos”. E é assim, com um artista que respira música e talento, que transporta os Açores no seu coração, que vamos conhecer um pouco mais sobre a sua relação com o arquipélago.

“Ao longo dos anos tenho vindo a coleccionar recordações dos sítios por onde passo sempre que os visito pela primeira vez. Dá-me um gosto especial olhar para essas pequenas lembranças e recordar os sítios onde a música ja me levou.”

Acha que a sua vida teria sido a mesma sem a sua relação com os Açores?

Não. Acho que seria impossível replicar a minha infância e crescimento noutro qualquer lugar e quanto mais viajo mais me capacito de que somos realmente privilegiados por viver neste lugar tão especial e peculiar.

Com que frequência viaja de e para os Açores?

Atualmente vivo na Ilha Terceira. Diria que no mínimo uma ou duas vezes por mês tenho de sair dos Açores em trabalho. A minha vida profissional faz-me ter de viajar com muita frequência.

Quais são as melhores memórias de uma viagem para os ou nos Açores?

Tenho muitas, desde os verões passados em S. Jorge em casa da minha avó às viagens pelas ilhas enquanto adolescente. Recordo-me que quando tinha 15/16 anos aquilo que mais gostava de fazer no verão era viajar para as outras ilhas com amigos. Todos os verões acampávamos pelas ilhas. Durante o dia estávamos na praia e à noite íamos para os concertos nos festivais. Foram viagens memoráveis que vou guardar para sempre.

Uma altura em que é mesmo importante – ou desejaria muito – estar nos Açores?

As ocasiões especiais como o Natal e os aniversários de familiares mais próximos. À parte disso diria o verão porque sou uma pessoa muito ligada ao mar e é no verão que mais posso desfrutar dele. 

O que leva na mala quando viaja para os Açores?

Geralmente as guitarras, a roupa e uma ou outra lembrança do sítio que acabei de visitar. Ao longo dos anos tenho vindo a colecionar recordações dos sítios por onde passo sempre que os visito pela primeira vez. Dá-me um gosto especial olhar para essas pequenas lembranças e recordar os sítios onde a música já me levou.

E o que leva quando viaja a partir dos Açores?

As guitarras e a roupa novamente (risos) e gosto de levar também um queijinho ou uma boa aguardente de néveda para oferecer aos amigos que tive a sorte de ir fazendo ao longo dos anos um pouco por todo o lado.

Quanto mais viajo mais me capacito de que somos realmente privilegiados por viver neste lugar tão especial e peculiar.”

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