Timóteo Costa – Um Comandante com sorte

Timóteo Costa começou a voar connosco em outubro de 1995, tendo-se reformado das suas funções de comandante em janeiro de 2013. O seu nome tem um lugar de destaque na história da companhia pelo papel fulcral na escolha da primeira aeronave a voar pela SATA Internacional, enquanto membro de uma equipa multidisciplinar criteriosamente composta para o efeito. Conhecido pelo seu bom trato e pelo seu humor, Timóteo considera que teve a felicidade de fazer da sua grande paixão a sua profissão, pois era a trabalhar, portanto, a voar, que se sentia verdadeiramente feliz.

Foi por mera casualidade que descobriu a profissão de piloto aos 17 anos, idade em que não conhecia nada sobre a aviação e entrou para a DETA, uma companhia de aviação em Moçambique, onde acabou por tirar o curso de piloto. Depois voou em Angola e ainda pela companhia aérea Air Columbus na ilha da Madeira, de onde é natural. Em 1995, entrou na SATA Internacional, tendo participado no projeto de escolha da primeira aeronave da companhia, um Boeing 737. Na sua altura, a SATA era muito diferente do que é hoje, mais fechada em si própria, tendo tido a oportunidade de assistir à sua admirável abertura ao mundo exterior, com os Açores nas suas asas.

Mas o seu nome está inscrito nas páginas da história da SATA também no seguimento de um episódio em que a perícia e a experiência tiveram tanto protagonismo como a sorte. Num magnífico dia de bom tempo, Timóteo preparava-se para descolar do Funchal rumo a Copenhaga, num Airbus A320, sem possibilidade de antecipar o que lhe esperava. Durante a descolagem, um grupo de gaivotas pousadas na pista levantou voo em bando, atingindo os dois motores. Prevendo que dificilmente chegaria à pista, avisou a Torre de Controlo que provavelmente iria amarar. Entretanto, foi ainda informado que o avião tinha a porta de uma bagageira aberta, a qual não se desprendeu, com risco de embater no bordo da asa por onde passam combustível, hidráulicos e fios elétricos, por puro milagre. O final da história foi feliz, pois 2 minutos e 50 segundos após a descolagem, o avião aterrou em segurança num autêntico desafio às causas, acontecimentos e pormenores que ali se conjugaram.

Timóteo voou em Angola e ainda pela companhia aérea Air Columbus na ilha da Madeira, de onde é natural. Em 1995, entrou na SATA Internacional, tendo participado no projeto de escolha da primeira aeronave da companhia, um Boeing 737.

Na verdade, Timóteo Costa afirma que os piores voos foram aqueles sem qualquer dificuldade de vento, de visibilidade, de avarias e em que o avião não abanou, pois eram demasiado monótonos. Sempre acreditou muito nas “suas” máquinas, considerando-as o meio de transporte mais seguro do mundo.

O que muito se distingue em Timóteo Costa é o sorriso com que refere que tinha um gozo tão grande em voar que sempre considerou uma sorte ser pago por isso no final de cada mês.