Fernando Rodrigues – 41 anos a inspirar pessoas


“Não há ninguém como o Fernando! É um excelente profissional e um colega fantástico!” assim o descrevem os colegas que partilharam a sala com ele nos últimos anos.

Fernando Rodrigues, como Gestor de Qualidade da SATA Air Açores, teve um papel determinante na obtenção da certificação IOSA pela companhia aérea, que garante a sua permanência na Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) e assegura a excelência da sua segurança operacional. Reformou-se este ano, depois de 41 anos de um trabalho irrepreensível ao serviço da SATA.

Antes de integrar esta empresa, Fernando esteve quatro anos na Força Aérea, nas Tropas Paraquedistas, trabalho que adorava mas que não suprimiu o desejo de voltar às suas raízes, nos Açores.

Assim, aos 24 anos, regressou à sua terra natal com a promessa de um emprego na área do desporto. A promessa não viria a concretizar-se e, numa altura em que a SATA estava a recrutar Tripulantes de Cabine, candidatou-se e passou em todas as provas com distinção, ingressando na empresa pouco depois.

Foi Comissário de Bordo durante 29 anos, tendo desempenhado também as funções de Chefe de Cabine e Formador até ser convidado para Gestor de Qualidade da SATA Air Açores, projeto que abraçou com o brio profissional que lhe é conhecido.

Depois de 29 anos a bordo, Fernando fez o seu último voo como Tripulante de Cabine no dia 25 de abril de 2007. Foto de João Rosa

Os colegas são unânimes quando sublinham que trabalhar com Fernando foi um privilégio e uma alegria. “Ajudava-nos, com o grande conhecimento que tinha da empresa, em tudo o que podia. Quando não sabia alguma coisa, ia logo procurar saber.”, “Estava sempre bem-disposto e garantia que nós também estivéssemos.”, “Tinha sempre uma anedota para contar.”,  afirmam.

Muito alegre e comunicativo, deixou a melhor das impressões também nos passageiros com quem se cruzou.

Numa altura em que ainda havia muito receio de andar de avião e, durante episódios de maior turbulência causada pelas condições meteorológicas, Fernando tinha muita facilidade em manter a calma e a confiança entre os passageiros. Nas suas palavras, o segredo estava em dizer sempre a verdade: “Sempre tive uma confiança absoluta nos nossos comandantes e nas nossas aeronaves e era isso que transmitia aos passageiros.”

Mais de 12 anos depois de ter deixado as tripulações, são muitas as pessoas que, quando o encontram casualmente, fazem questão de o cumprimentar e recordar situações que viveram a bordo como passageiros da SATA.

Sempre encarou o trabalho com um espírito de missão notável e, em quatro décadas de trabalho, Fernando manteve uma dedicação fora do comum. Houve um dia em que nem um acidente de carro a caminho do aeroporto o impediu de ir trabalhar. “Deixei o carro todo partido no aeroporto e fui trabalhar. Soube mais tarde que tinha ido trabalhar com uma  costela partida.”, conta-nos.

Com modéstia, diz que se limitou a assumir os seus compromissos e a reger-se pelos mesmos valores que aplica na sua vida: “Nunca fiz nada demais, apenas fiz o meu trabalho da melhor forma que sabia, tentando medir sempre o impacto das minhas ações nas pessoas que estavam à minha volta.”.

Fernando sempre valorizou a oportunidade de ter trabalhado a fazer uma das coisas que mais gosta: conviver com pessoas, o que fez num ambiente de grande camaradagem e amizade. Para ele “a SATA é como uma família”.

Para a SATA, que tem no capital humano um dos seus ativos mais valiosos, Fernando Rodrigues contribuiu, a cada dia, com a sua retidão de caráter e alegria contagiante, para um serviço de excelência de que pode, seguramente, orgulhar-se.